Vacina ainda está em fase de testes antes de ser fornecida no país
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira (6) que 30 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca estarão disponíveis a partir de janeiro de 2021. O prazo anterior era dezembro deste ano.
De acordo com o ministro, além desse lote, outras 70 milhões de doses serão produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) até o primeiro semestre do ano que vem.
Saiba mais: Coronavac: documentação da vacina é entregue ao Ministério da Saúde para análise
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu, em procedimento de submissão contínua, o primeiro pacote de dados da vacina de Oxford. Ainda não existe, neste momento, nenhuma conclusão sobre a qualidade, a segurança e a eficácia de nenhuma das duas vacinas, que continuam passando pela terceira etapa de testes.
A submissão contínua é um procedimento diferenciado para tornar mais rápida a análise de dados referentes às vacinas contra Covid-19 a serem registradas no país. A partir da adoção desse procedimento, não é preciso aguardar a disponibilização de todos os dados e documentos técnicos, bem como o preenchimento dos requerimentos regulatórios, para iniciar a submissão do registro junto à Anvisa. Mas vários passos, obrigatoriamente, ainda precisam ser dados.
Saiba mais: O que é a Síndrome de Borderline?
Processo paralisado
Na primeira quinzena de setembro, a Anvisa suspendeu testes da vacina de Oxford no Brasil depois que uma voluntária na Inglaterra reagiu mal à substância. O caso está sendo investigado. realizou uma reunião com a agência britânica responsável pela área de medicamentos e vacinas na Inglaterra. As agências disponibilizaram informações sobre o estudo da vacina de Oxford da empresa AstraZeneca.
Dias depois, a AstraZeneca anunciou a retomada geral dos testes no mundo todo, depois que cientistas da empresa informaram que não foi encontrada relação de causa e efeito entre a vacina e os sintomas da mulher. No entanto, ela não detalhou os resultados e conclusões sobre a investigação do caso de voluntária que teve efeitos adversos.
A Anvisa disse ter recebido os dados completos de avaliação da agência inglesa para aprofundar a análise sobre o evento adverso e que está acompanhando os dados do comitê independente de segurança que está acompanhando os testes da vacina de Oxford.
O estudo já aplicou doses em 4,6 mil voluntários no Brasil e a agência afirmou que, no Brasil, não houve relatos de efeitos colaterais graves.
Vacinas em fases finais
Ao todo são nove vacinas na última etapa de testes. Esta etapa é a última antes da liberação da vacinação na população.
- Sinovac (China), também está sendo testada no Brasil
- Janssen Pharmaceutical Companies (EUA)
- Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (EUA)
- BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer (Alemanha e EUA)
- Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan/Sinopharm (China)
- Instituto de Produtos Biológicos de Pequim/Sinopharm (China)
- CanSino Biological Inc./Instituto de Biotecnologia de Pequim (China)
- Instituto de Pesquisa Gamaleya (Rússia)