Governo iniciou plano de vacinação depois de discussão entre Bolsonaro e o governador de SP, João Doria
O Ministério da Saúde e a Azul Linhas Aéreas anunciaram na quarta-feira (9) uma parceria para distribuição gratuita de vacinas contra a Covid-19 para todo o país. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a parceria vai garantir mais celeridade e segurança ao processo logístico de imunização da população brasileira.
“O Governo está trabalhando incansavelmente, negociando, estudando, comprando vacinas e insumos para garantir uma vacina rápida e segura. Agora, teremos o apoio da Azul, ao nosso lado, para permitir que a vacina seja distribuída de forma ágil para todos os brasileiros”, afirmou.
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Segundo o presidente da Azul, John Rodgerson, a empresa colocará à disposição do governo federal toda sua capacidade de distribuição. “Por meio das operações da Azul Cargo Express, temos a capacidade única de transportar vacinas com segurança e eficiência para cidades e comunidades em todo o país”, afirmou.
Também estavam presentes no evento o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Parceria
A Azul Linhas Aéreas já trabalha em conjunto com o governo brasileiro em diversas ações, como a Operação Acolhida, que garante a interiorização de imigrantes venezuelanos que chegam ao Brasil pelo estado de Roraima.
Além disso, a empresa já apoiava o governo com o transporte de profissionais de saúde, ventiladores pulmonares, medicamentos e Equipamentos de Proteção Individual para o enfrentamento à pandemia da Covid-19 para diversos lugares do país.
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Para Pazuello, a postura cooperativa da empresa continua surpreendendo. “A Azul já trabalha ao nosso lado há mais de dois anos em missões muito importantes. Por isso, novamente, eles se disponibilizam para ajudar e cumprir esse papel essencial”, avaliou.
Plano de Imunização
Governo diz que o plano de imunização contra a Covid-19 será apresentado aos brasileiros em breve. O ministro Eduardo Pazuello recebeu o documento – que passará ainda por uma revisão técnica final antes de ser enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O plano foi elaborado por uma equipe qualificada de especialistas – colaboradores convidados e técnicos do próprio ministério –, que compõem a Câmara Técnica implementada a partir da Portaria nº 28, de 03 de setembro de 2020.
Além do Ministério da Saúde, integram o grupo, dentre outros, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Os eixos prioritários que guiam o material são: situação epidemiológica, atualização das vacinas em estudo, monitoramento e orçamento, operacionalização da campanha, farmacovigilância, estudos de monitoramento pós marketing, sistema de informação; monitoramento, supervisão e avaliação; plano de comunicação; encerramento da campanha.
As fases do plano preliminar priorizam grupos, que levam em conta informações sobre nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.