IBGE mostra que Produto Interno Bruto avançou cerca de 5,9% entre 2017 e 2018
Dos 27 estados do Brasil, 15 tiveram aumento acima da média do PIB entre 2017 e 2018, enquanto outros 11 estados tiveram alta, porém abaixo do índice, e apenas 1 teve queda na taxa, mostra o relatório das Contas Regionais de 2018, publicadas nesta sexta-feira (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e foram elaborados em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
De acordo com o técnico do IBGE Luiz Antonio de Sá, o resultado negativo no único estado que teve queda, o Sergipe, está ligado não só ao desempenho econômico, mas também por conta de questões de condição climática adversas em 2018. “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, ressaltou.
No topo de estados com maior crescimento de volume, o Amazonas (5,1%) exemplifica o bom resultado do Norte do país. A região foi a que mais cresceu em volume do PIB, 3,4%. Roraima (4,8%) e Rondônia (3,2%) são estados nortistas que também estão entre os cinco primeiros do ranking.
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Sá explica que o crescimento em cada um desses estados se deu por fatores diferentes. O Amazonas tem um perfil considerado atípico na região, por conta da forte influência da atividade de Indústrias de Transformação, que cresceu 8,8% de 2017 para 2018, motivada pelo segmento de equipamentos de informática. “Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, cita o técnico do IBGE.
Já em Roraima, o perfil é mais concentrado nas atividades de serviço, que cresceram 4,4%, impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, relembra Sá.
Por fim, Rondônia também teve crescimento nas atividades industriais (4,8%), puxada pela geração de energia elétrica. A lista dos cinco primeiros é completada por Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%).
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A pesquisa mostra também que alguns estados perderam participação no PIB nacional. São Paulo, que perdeu 0,6 ponto percentual do total do país e, pelo segundo ano consecutivo, teve a maior perda de valor relativo.
Entre as atividades que contribuíram para essa perda de participação de São Paulo, o destaque é para as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que tem o estado paulista representando mais de 50% do total nacional da atividade.
Sudeste abaixo da média nacional
No que diz respeito às regiões, o Sudeste (1,4%) foi a única com variação em volume inferior ao índice nacional. O único estado que cresceu acima da média nacional na região mais habitada do país foi o Espírito Santo (3%). No topo da lista está o Norte (3,4%), seguido pelo Centro-Oeste (2,2%) e o Sul (2,1%). O Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).
Já o PIB per capita do país inteiro em 2018 foi cerca de R$ 33.593,82, o que representa um aumento de 5,9% em valor em relação a 2017 (R$ 31.712,65).