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Índice de emprego da FGV cresce 7,2 pontos em setembro

IDC também oferece panorama de empregabilidade do país

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 7,2 pontos na passagem de agosto para setembro, para 82 pontos, informou o IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa o quinto avanço consecutivo, mesmo assim insuficiente para recuperação total. O indicador está 10 pontos abaixo do patamar de fevereiro, no pré-pandemia. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou 8,4 pontos em setembro.

A alta de setembro aproxima o IAEmp dos níveis pré-pandemia, considerados não muito elevados historicamente. Para os próximos meses, ainda é possível enxergar fatores que podem adicionar riscos à sustentabilidade da retomada, como a elevada incerteza e o fim dos programas governamentais de apoio nesse período da pandemia”, afirma Rodolpho Tobler, economista da FGV IBRE.

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Apesar de cinco meses de altas consecutivas, os economistas apontam uma desaceleração do crescimento do indicador a partir de julho. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp avançou 8,4 pontos, para 74,3 pontos. O indicador se manteve estável em setembro em 96,4 pontos.

O ICD é um indicador com sinal semelhante ao da taxa de desemprego, ou seja, quanto menor o número, melhor o resultado. Em médias móveis trimestrais, houve recuo de 0,3 ponto para 96,7 pontos.

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O resultado de setembro ainda mostra que há uma percepção negativa sobre o mercado de trabalho. Apesar da tímida redução na margem, o alto patamar mostra que há um longo caminho de recuperação”, continua Rodolpho Tobler.

Assim como nos dois meses anteriores, todos os sete componentes do IAEmp seguem em alta, porém em menor ritmo. O destaque foi o indicador da Indústria de Tendência de Negócios subiu 16,2 pontos, para 117,4 pontos. Com exceção dos indicadores do Consumidor de Emprego Futuro e de Serviços de Emprego Previsto, todos os indicadores cresceram menos em relação ao mês anterior.

A queda do ICD ocorreu apenas para famílias de renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil, cujo indicador de Emprego local atual (invertido) variou positivamente em 1,9 ponto na margem.

O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), criado em 1951 como órgão da Fundação Getúlio Vargas, propõe estudos econômicos e estatísticos sobre o produto nacional, preços, salários, produção e comércio, e realiza análises e cotejo de mercados e dos setores industriais nas diversas regiões do país.

Pesquisa com Indicadores

Indicadores de mercado de trabalho têm como objetivo dar sinais avançados dos movimentos relativos ao mercado de trabalho brasileiro. São construídos tendo como meta séries específicas, embora agreguem informações subjetivas relativas à situação do mercado de trabalho na totalidade – e não especificamente às séries de referência, que abrangem apenas a população economicamente ativa.

Em momento algum estes indicadores se propõem a reproduzir – ou até mesmo prever – as séries divulgadas pelo IBGE. A série de referência da pesquisa foi a População Ocupada da PME/IBGE expressa como variação sobre o mesmo mês do ano anterior.