quinta-feira, setembro 28, 2023
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Índices de preços mostram alta na inflação, aponta FGV

Inflação pelo IPC-S subiu 0,62% e o Índice Geral de Preços (IGP-10) subiu 3,51% em novembro

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) de 15 de novembro de 2020, subiu 0,62%, ficando 0,03 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação. Já o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10), subiu 3,51% em novembro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 3,20%. Esses índices representam uma alta na inflação deste mês, como mostra a divulgação feita pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) nesta segunda-feira (16).

De acordo com a FGV, o IPC-S subiu 0,62%, ficando 0,03 ponto percentual (p.p) acima da taxa registrada na última divulgação. Com este resultado, o indicador acumula alta de 3,73% no ano e 4,52% nos últimos 12 meses.

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Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes (0,57% para 0,80%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item etanol, cuja taxa passou de 4,42% para 6,90%.

Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Vestuário (0,30% para 0,51%), Comunicação (0,06% para 0,12%), Alimentação (1,55% para 1,57%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,10% para 0,11%).

Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: roupas (0,42% para 0,57%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,02% para 0,25%), hortaliças e legumes (6,44% para 9,20%) e aparelhos médico-odontológicos (0,38% para 0,55%).

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Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,89% para 0,75%), Habitação (0,29% para 0,22%) e Despesas Diversas (-0,02% para -0,04%) apresentaram recuo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, vale citar os itens: passagem aérea (6,80% para 5,80%), equipamentos eletrônicos (-0,11% para -0,43%) e alimentos para animais domésticos (-0,20% para -0,74%).

Alta no IGP-10

O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 3,51% em novembro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 3,20%. Com este resultado, o índice acumula alta de 21,76% no ano e de 23,82% em 12 meses. Em novembro de 2019, o índice subira 0,19% no mês e acumulava elevação de 3,33% em 12 meses.

O IPA segue influenciando o resultado do IGP. As pressões que se acumulam nas matérias-primas brutas do índice ao produtor gradualmente chegam aos outros estágios de produção, cujas taxas em 12 meses dobraram de agosto para novembro…”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 4,59% em novembro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 4,06%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de 2,66% em outubro para 2,94% em novembro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 4,93% para 10,85%.

O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 2,31% em novembro. No mês anterior, a taxa havia sido 2,82%.

A taxa do grupo Bens Intermediários variou de 3,40% em outubro para 4,23% em novembro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -6,19% para 3,64%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 4,31% em novembro, ante 4,78% no mês anterior.

O índice do grupo Matérias-Primas Brutas passou de 5,77% em outubro para 6,19% em novembro. As principais contribuições para este avanço partiram dos seguintes itens: milho em grão (9,16% para 20,85%), soja em grão (13,96% para 13,87%) e algodão em caroço (7,39% para 21,50%).

Em sentido descendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos itens arroz em casca (19,79% para 0,94%), leite in natura (5,98% para -0,15%) e minério de ferro (-0,44% para -1,40%).

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