quinta-feira, setembro 28, 2023
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Índice Nacional da Construção Civil sobe 1,82% em novembro, aponta IBGE

Preço do aço influenciou o resultado do Sinapi, indicador da construção do IBGE

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta terça-feira (8) pelo IBGE, subiu 1,82% em novembro, a maior alta do ano e a maior variação desde a desoneração da folha, em julho de 2013. O resultado é 0,11 ponto percentual acima de outubro (1,71%). No ano, o acumulado ficou em 8,06% enquanto nos últimos doze meses é de 8,30% contra 6,48% nos doze meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2019 o índice foi 0,11%.

O resultado do mês tem relação com a parcela dos materiais, que registrou alta de 3,15%, aumento menor, mas bem próximo do observado em outubro (3,17%). Na comparação com novembro do ano anterior (0,17%), houve aumento de 2,98 pontos percentuais.

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O segmento de aço foi o que apresentou, em todas as regiões, uma maior alta. Dos três produtos com maior variação, dois são do segmento do aço. Também houve aumento considerável dentro do segmento de agregados (areia e pedra) e cerâmicas (tijolos e telhas cerâmicas), mas o aço teve uma subida de abrangência nacional, principalmente o vergalhão”, explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.

Oliveira afirma que a parcela da mão de obra também exerceu influência no resultado do Sinapi de novembro por conta de acordos coletivos: “Houve captação de reajustes em três estados: Goiás, Rondônia, e principalmente, Rio Grande do Sul. Dessa forma, a parcela de mão de obra teve uma variação maior que em outubro, quando não foi observado esse tipo de reajustes”, esclarece.

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A taxa registrou alta de 0,25%, subindo 0,21 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,04%) e 0,20 ponto percentual contra novembro de 2019 (0,05%).

Sul tem a maior variação mensal

A Região Sul ficou com a maior variação regional em novembro (2,23%), devido à alta significativa na parcela dos materiais em todos os estados e um reajuste na parcela dos profissionais observado no Rio Grande do Sul. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 1,90% (Norte), 1,93% (Nordeste), 1,59% (Sudeste) e 1,79% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.266,21 (Norte); R$ 1.173,31 (Nordeste); R$ 1.295,73 (Sudeste); R$ 1.305,70 (Sul) e R$ 1.243,97 (Centro-Oeste).

Goiás foi o estado que apresentou a maior variação mensal (3,34%), por causa da alta na parcela dos materiais e do reajuste na mão de obra.

SINAPI

O SINAPI, criado em 1969, tem como objetivo a produção de informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.

O Sistema é uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, realizada por meio de acordo de cooperação técnica, cabendo ao Instituto a responsabilidade da coleta, apuração e cálculo, enquanto à CAIXA, a definição e manutenção dos aspectos de engenharia, tais como projetos, composições de serviços etc.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.

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