quarta-feira, junho 7, 2023
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Exportações brasileiras cresceram 7,1% em outubro, mostra FGV

Mercado externo são fator positivo para a indústria de transformação, diz Fundação Getúlio Vargas

No mês de outubro, o superávit da balança comercial foi de US$ 5,5 bilhões, o que levou a um saldo positivo de US$ 47,4 bilhões no acumulado dos dez primeiros meses do ano. O comportamento dos dados agregados das exportações e importações repetiu o que vem ocorrendo ao longo do ano, segundo divulgação desta terça-feira (17).

Tanto em valor quanto em volume, a queda mais acentuada nas importações do que nas exportações, explica o aumento do superávit em 2020 em relação a 2019. Em volume, as importações recuaram 20,4% e as exportações 7,1%, na comparação interanual do mês de outubro.

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No acumulado do ano até outubro, a variação nos preços de exportações e importações entre 2020/2019 é quase igual, ao redor de +7%. No entanto, em outubro, o aumento de preços de algumas commodities exportadas, como o minério de ferro (+43%) com uma queda de 16,3% no preço das importações levou a uma melhora nos termos de troca — aumento de 7,3%, em relação a outubro de 2019.

Num cenário de expectativas favoráveis para a retomada de crescimento da economia mundial, os preços das commodities deverão ser favoráveis para as exportações brasileiras.

A análise desagregada dos fluxos de comércio mostra algumas novidades no mês de outubro, tal como alguns sinais de melhora nas exportações da indústria de transformação associado ao aumento de vendas de açúcar, aeronaves e automóveis, entre outros produtos.

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No caso do setor automotivo (veículos e peças) destaca-se o aumento, em valor, de 23% das exportações para a Argentina entre os meses de outubro de 2019/2020. Em adição, chama atenção o crescimento no volume total exportado em 20,9% para o vizinho, onde mais de 90% da pauta é composta de produtos da indústria de transformação.

Na análise dos mercados de destino das exportações brasileiras, registrou-se pela, primeira vez no ano, uma queda no volume exportado para a China (-13,5%) na comparação mensal interanual.

Nesse caso, porém, o resultado é explicado pela desaceleração dos embarques de soja, um comportamento esperado. Quanto às vendas para os Estados Unidos e a União Europeia, não houve mudanças e segue a tendência de queda em relação ao ano de 2019.

Observa-se que, seja em termos de valor ou volume, todos os três setores de atividade econômica registraram queda na relação outubro 2020/2019. Chama atenção, porém, que na comparação interanual de outubro, a menor queda tenha sido da indústria de transformação (-0,7%), seguida da extrativa (-8,4%) e da agropecuária (-26,4%).

Dados divulgados sobre indicadores de atividade, como o do Banco Central, apontam uma melhora da indústria no terceiro trimestre. No entanto, os dados de importações de bens intermediários e de bens de capital para outubro não mostram sinais de recuperação do setor.

Indicador de Comércio Exterior

O indicador mensal de Comércio Exterior da FGV divulga resultados de um conjunto de indicadores da balança comercial desenvolvidos no âmbito do IBRE de maneira a disponibilizar uma ampla cobertura do setor externo.

A série histórica dos indicadores tem início em janeiro de 1998, e está disponível de forma desagregada em: produtos da agropecuária, produtos da indústria extrativa mineral, e por produtos da indústria de transformação classificados por categoria de uso.

Separam-se ainda os produtos segundo sejam commodities e não commodities. Para as desagregações mencionadas classificam-se também os produtos de acordo com a sua origem e seu destino, segundo blocos econômicos.

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