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Governo lança projeto de reabilitação de pacientes pós-covid-19

Parceria com o Hospital Sírio-Libanês dará apoio a cinco hospitais públicos na recuperação de pacientes

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (24) o lançamento do projeto “Reabilitação Covid-19” dará apoio a cinco hospitais públicos em todo o Brasil na recuperação de pacientes pós-covid-19. A iniciativa é executada pelo Hospital Sírio-Libanês no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde (PROADI-SUS).

O projeto-piloto do “Reabilitação Covid-19” vai visitar inicialmente hospitais públicos em cinco estados brasileiros. São eles: Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR).

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Serão realizadas três visitas presenciais da equipe do Sírio Libanês para implementação de protocolos e metodologias usando as ferramentas de Lean e SCRUM, além de tutorias virtuais para acompanhamento dos indicadores que medirão a reabilitação, com intuito de que o paciente retorne à rotina normal. Esses indicadores demonstrarão, também, a evolução do projeto nos hospitais participantes.

A iniciativa também prevê a doação de diversos equipamentos de reabilitação, como andador de alumínio, exercitador de pernas e braços (mini bike), incentivador respiratório, kit de agilidade com cones e marcadores para treinos de equilíbrio e agilidade motora, válvula de fonação, eletro estimulador muscular entre outros.

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Esses equipamentos possibilitam a excelência do cuidado ao paciente no âmbito do projeto. A fase piloto começa em novembro de 2021 e terá a duração de 31 dias úteis.  Para o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte, a iniciativa reforça a importância do PROADI-SUS para o SUS.

Esse binômio muito bem aproveitado pelo sistema público e privado dá o alicerce para que o SUS alcance a excelência e promova qualidade de vida para seus usuários”, destaca o secretário.

Além disso, haverá entrega com cartilhas de orientações técnicas voltada a cada área da equipe multiprofissionas para reabilitação motora, funcional, psicológica, respiratória entre outras.

Isso possibilitará a melhora no fator de utilização dos leitos voltados ao atendimento de pacientes com doenças crônicas, a redução do tempo médio de permanência dos pacientes críticos pós-Covid-19, e a capacitação das equipes e protocolo de Alta Segura.

De acordo com Andrezza Serpa, diretora do departamento de gestão de ações estratégicas, a ideia do projeto surgiu a partir da experiência bem-sucedida do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ).

A partir do modelo do Pedro Ernesto, notamos a necessidade da criação de protocolos bem definidos para oferecer aos pacientes após a internação em unidades de terapia intensiva, mais funcionalidade, minimizando sequelas simultaneamente com a capacidade de fazer melhor gestão dos leitos”. Afirmou a diretora do departamento de gestão de ações.

Dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) mostram que a média de permanência de um paciente com Covid-19 na UTI do SUS é de 12 dias, especialmente por estes pacientes já apresentarem mais comorbidades. Eles demoram em média 20 dias para receber alta, mesmo após saírem da UTI.

Também apoiam a iniciativa o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).