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Enola Holmes, novo sucesso da Netflix

Irmã de Sherlock Holmes não aparece no romance policial de Conan Doyle; saiba quando e como ela foi criada

O novo sucesso da Netflix é “Enola Holmes”. ançado no dia 23 de setembro deste ano, a série apresenta Enola Holmes como a irmã de 16 anos do icônico detetive Sherlock Holmes. A obra intrigou os telespectadores, pelo simples fato de Enola não aparecer nos livros sobre o icônico detetive Sherlock. Nos livros criados por Conan Doyle, somente Mycroft Holmes (irmão mais velho), aparece.

O filme conta a história de uma jovem independente, aventureira e esperta chamada Enola Holmes – interpretada por Millie Bobby Brown, a Eleven de Stranger Things (série da Netflix) – que procura a mãe desaparecida Eudoria Holmes, interpretada por Helena Bonham Carter.

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De início, logo após o sumiço da mãe, os dois irmãos mais velhos chegam na casa da família para cuidar da irmã e ajudar a procurar a mãe. Só que os irmãos de Enola, são ninguém menos que Sherlock Holmes, interpretado por Henry Cavill e Mycroft Holmes, interpretado por Sam Claflin.

O fato que causou alvoroço nas redes sociais, é que na história original de Sherlock Holmes, ele simplesmente não tem nenhuma irmã. O que pouca gente sabe, é que Enola Holmes foi criada por outra escritora, a norte-americana Nancy Springer. A autora escreve livros de fantasia, ficção e literatura para jovens adultos.

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Nancy Springer criou uma série de sobre Enola Holmes, intitulada “Os Mistérios de Enola Holmes”. Até hoje foram seis livros dessa série, que encantou o mundo. São eles, ”Enola Holmes: O Caso do Marquês Desaparecido”, publicado em 2006, é este o livro do filme da Netflix. “O Caso da Senhorita Canhota” (2007), “O Caso dos Buquês Bizarros” (2008), “O Caso do Estranho Leque Rosa” (2008), “O Caso da Crinolina Misteriosa” (2009) e “O Caso do Adeus Cigano” (2010).

Independência Feminina

O longa aborda muito a questão de independência feminina, tanto como é mostrada na criação de Enola, uma criação progressista e muito moderna para a época. E como a história, conta a luta pelos direitos sufragistas das mulheres na sociedade.

É narrado em primeira pessoa, pela própria protagonista Enola Holmes, e toda a narrativa é contada sobre a cosmovisão da jovem adolescente, ou seja, o seu ponto de vista. Enola vai contando ao público, sua percepção dos fatos que acontecem na trama. Durante o desenrolar do filme, ela até faz algumas pausas para conversar com a câmera, e explicar por meio de suas lembranças, quais ações pretenderá tomar.

Como o público alvo da trama, é focado em pré-adolescentes, todo seu enredo parte dessa premissa. O filme não tem apelos sexuais ou sem conotações sexuais, a linguagem é adequada para essa faixa-etária, não tem palavrões ou palavras torpes e muito menos violência excessiva, respeitando o público jovem e ótimo para assistir com a família.

Em todo o filme há brincadeiras e jogo de palavras palíndromo, que é quando uma frase ou palavra, pode-se ler da esquerda para a direita ou vice-versa.

No decorrer do filme, Enola se depara com o Marquês Tewksbury (Louis Partridge), que acaba embarcando no mesmo trem que a protagonista para fugir de sua família. O contraste da criação de ambos, destaca a independência e força de Enola. E quando menos se espera, a busca pela mãe fica em segundo plano, enquanto ela busca ajudar o novo amigo o Marquês Tewksbury.

A trama é de época, ocorre na Inglaterra, 1984. Todo o mistério do desaparecimento da mãe está relacionado as causas políticas deste período, em um movimento sufragista. Aborda fortes questões políticas, feministas, e a de busca de um caminho na vida, de maneria leve e empolgante.

Mas Sherlock existiu?

Dias após o lançamento do filme, uma thread viralizou na rede social do Twitter e fez com que os internautas fossem à loucura. Nela uma menina conta que ficou estarrecida ao saber que o detetive mais famoso da história, na realidade não existe e nunca existiu.

Como vimos acima, Sherlock é o protagonista de um romance policial de Conan Doyle, e Enola de Nancy Springer.