Presidente ainda prometeu anunciar nomes de países que compram madeira ilegalmente no Brasil
Ao discursar na 12ª reunião de cúpula de chefes de Estado e de Governo dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, nesta terça-feira (17), o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que os países do bloco podem desempenhar papel fundamental nos esforços pela superação da Covid-19 e da retomada da economia mundial.
Jair Bolsonaro lembrou que a primeira cúpula do grupamento ocorreu em 2009, em meio a uma crise financeira mundial, e a força das economias emergentes se mostrou fundamental para a recuperação da economia internacional. Segundo ele, o momento é semelhante em 2020. “Mais uma vez, os países do Brics podem desempenhar papel central nos esforços da superação da Covid-19 e da retomada da economia.”
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“O caminho para o crescimento econômico depende de cooperação focada em benefícios mútuos e no respeito às soberanias nacionais. Nesse aspecto, o Brics se destaca pela variedade de setores e atividades abrangidas pelas iniciativas do grupo”, completa.
Saúde e economia
O Presidente Jair Bolsonaro afirmou ainda que é dever dos líderes dos países garantir a prosperidade dos povos. E que o trabalho desenvolvido pelo Brics é motor para o emprego, a renda e a segurança.
O Presidente comentou ainda a posição do Brasil diante dos impactos da Covid-19. “Desde o início, alertei que a saúde e a economia deveriam ser tratadas simultaneamente e com a mesma responsabilidade. Nenhum país pode enfrentar a situação excepcional sem dar atenção aos sinais vitais da economia. Assim agiu o Brasil”, pontua.
Meio Ambiente
Ao iniciar o discurso, Bolsonaro explicou que a Polícia Federal brasileira desenvolveu um método científico para rastrear a importação de madeira extraída de forma ilegal da região amazônica e, nos próximos dias, o Governo brasileiro revelará que países têm importado essa madeira.
De acordo com ele, a medida contribuirá para reduzir a prática. “Creio que depois dessa manifestação, que interessa a todos, essa prática diminuirá e muito nessa região“, acrescenta o Presidente.
Reformas
O Presidente defendeu a reforma de Organização Mundial do Comércio (OMC), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual o Brasil pleiteia um assento permanente.
Em relação à OMC, Bolsonaro afirmou que uma reforma da instituição é fundamental para a retomada do crescimento econômico global. “É necessário prestigiar propostas de redução de subsídios para bens agrícolas com a mesma ênfase com que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais”, avalia.
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Ao referir-se à OMS, Bolsonaro disse que sempre criticou a politização do vírus e um pretenso monopólio do conhecimento por parte da organização que, segundo ele, precisa urgentemente de reformas.
Durante o discurso, Bolsonaro parabenizou o trabalho da presidência de turno da Rússia ao longo deste ano, afirmando que, apesar dos desafios impostos pela Covid-19, o país conseguiu manter o grupamento ativo e aprofundar iniciativas de cooperação em diversas áreas. E desejou um bom trabalho à Índia, que agora assume o posto.