quinta-feira, setembro 28, 2023
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Em reunião dos Brics, Bolsonaro defende reforma em organismos internacionais

Presidente ainda prometeu anunciar nomes de países que compram madeira ilegalmente no Brasil

Ao discursar na 12ª reunião de cúpula de chefes de Estado e de Governo dos Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, nesta terça-feira (17), o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que os países do bloco podem desempenhar papel fundamental nos esforços pela superação da Covid-19 e da retomada da economia mundial.

Jair Bolsonaro lembrou que a primeira cúpula do grupamento ocorreu em 2009, em meio a uma crise financeira mundial, e a força das economias emergentes se mostrou fundamental para a recuperação da economia internacional. Segundo ele, o momento é semelhante em 2020. “Mais uma vez, os países do Brics podem desempenhar papel central nos esforços da superação da Covid-19 e da retomada da economia.

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O caminho para o crescimento econômico depende de cooperação focada em benefícios mútuos e no respeito às soberanias nacionais. Nesse aspecto, o Brics se destaca pela variedade de setores e atividades abrangidas pelas iniciativas do grupo”, completa.

Saúde e economia

O Presidente Jair Bolsonaro afirmou ainda que é dever dos líderes dos países garantir a prosperidade dos povos. E que o trabalho desenvolvido pelo Brics é motor para o emprego, a renda e a segurança.

O Presidente comentou ainda a posição do Brasil diante dos impactos da Covid-19. “Desde o início, alertei que a saúde e a economia deveriam ser tratadas simultaneamente e com a mesma responsabilidade. Nenhum país pode enfrentar a situação excepcional sem dar atenção aos sinais vitais da economia. Assim agiu o Brasil”, pontua.

Meio Ambiente

Ao iniciar o discurso, Bolsonaro explicou que a Polícia Federal brasileira desenvolveu um método científico para rastrear a importação de madeira extraída de forma ilegal da região amazônica e, nos próximos dias, o Governo brasileiro revelará que países têm importado essa madeira.

De acordo com ele, a medida contribuirá para reduzir a prática. “Creio que depois dessa manifestação, que interessa a todos, essa prática diminuirá e muito nessa região“, acrescenta o Presidente.

Reformas

O Presidente defendeu a reforma de Organização Mundial do Comércio (OMC), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), no qual o Brasil pleiteia um assento permanente.

Em relação à OMC, Bolsonaro afirmou que uma reforma da instituição é fundamental para a retomada do crescimento econômico global. “É necessário prestigiar propostas de redução de subsídios para bens agrícolas com a mesma ênfase com que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais”, avalia.

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Ao referir-se à OMS, Bolsonaro disse que sempre criticou a politização do vírus e um pretenso monopólio do conhecimento por parte da organização que, segundo ele, precisa urgentemente de reformas.

Durante o discurso, Bolsonaro parabenizou o trabalho da presidência de turno da Rússia ao longo deste ano, afirmando que, apesar dos desafios impostos pela Covid-19, o país conseguiu manter o grupamento ativo e aprofundar iniciativas de cooperação em diversas áreas. E desejou um bom trabalho à Índia, que agora assume o posto.

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