quinta-feira, setembro 28, 2023
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Mais da metade dos prefeitos vão tentar se reeleger em 2020

Dados da Confederação Nacional dos Municípios mostra que 61% dos atuais governantes vão tentar novos mandatos

Dos 5.568 municípios que escolherão prefeitos nas eleições deste ano, 3.383 (61% do total) terão seus atuais gestores concorrendo à reeleição. Outros 1.015 prefeitos poderiam concorrer por estarem no primeiro mandato. Os dados fazem parte de levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

O primeiro turno nas eleições será realizado no dia 15 de novembro e o segundo turno, no dia 29 do mesmo mês. As datas originais eram 4 de outubro e 25 de outubro, mas foram adiadas pelo Congresso Nacional por causa da pandemia de covid-19.

Ao todo, 19.164 candidatos concorrerão ao cargo de prefeito. Dos atuais prefeitos, 4.398 (79%) estão em seu primeiro mandato e poderiam concorrer a um novo período, mas 1.015 desistiram.

O levantamento mostra que o percentual de candidatos à reeleição caiu após um período de estabilidade. Em 2016, dos 2.407 candidatos à reeleição, 1.191 se reelegeram (49,48%). Em 2012, dos 2.418 que tentaram a reeleição, 1.512 se reelegeram (62,53%). Na eleição anterior, em 2008, 3.361 prefeitos buscaram a reeleição e desses, 2.101 voltaram ao cargo (62,51%).

Nesses 3.383 municípios onde haverá disputa por reeleição, os candidatos estarão concorrendo aos votos de 88,3 milhões de eleitores. A soma da população dessas cidades é de 123,3 milhões de pessoas.

Isso demonstra que, em uma parcela bastante significativa do Brasil, os atuais gestores colocam de novo o seu nome na disputa por entender que fizeram uma boa gestão. Temos que aguardar os resultados para saber se essas candidaturas terão êxito”, diz a confederação.

Capitais

Os prefeitos de 13 capitais brasileiras tentarão a reeleição, sendo que doze estão no segundo mandato e não podem disputar um novo pleito. O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), anunciou em agosto que não disputará a reeleição e deixará a vida política após 62 anos de vida pública.

Candidatos à reeleição

  • Edvaldo Nogueira (PDT) Aracaju (SE)
  • Álvaro Costa Dias (PSDB) Natal (RN)
  • Cinthia Ribeiro (PSDB) Palmas (TO)
  • Hildon Chaves (PSDB) Porto Velho (RO)
  • Socorro Neri (PSB) Rio Branco (AC)
  • Emanuel Pinheiro (MDB) Cuiabá (MT)
  • Marquinhos Trad (PSD) Campo Grande (MS)
  • Alexandre Kalil (PSD) Belo Horizonte (MG)
  • Bruno Covas (PSDB) São Paulo (SP)
  • Marcelo Crivella (Republicanos) Rio de Janeiro (RJ)
  • Rafael Greca  (DEM) Curitiba (PR)
  • Gean Loureiro (DEM) Florianópolis (SC)
  • Nelson Marchezan (PSDB) Porto Alegre (RS)

Em 2016, os prefeitos de 15 capitais foram reeleitos: Rio Branco (AC), Salvador (BA), Teresina (PI), Boa Vista (RR), Natal (RN), João Pessoa (PB), Palmas (TO), Vitória (ES), Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Manaus (AM), Macapá (AP), São Luís (MA) e Maceió (AL).

Contraste

Um grande contraste das disputas às prefeituras. Pois, segundo o CNM, 117 cidades já sabem quem vai ocupar o maior posto do Executivo local a partir de 1º de janeiro de 2021. É que nessas localidades apenas um candidato vai concorrer.

Com base em informações preliminares divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a concentração da candidatura única está nos municípios do Rio Grande do Sul, onde 34 das 497 cidades têm apenas um nome concorrendo ao cargo.

Em seguida, aparecem os estados de Minas Gerais e do Paraná com, respectivamente, 20 e 17 municípios na mesma situação. Sem concorrência, se a candidatura for homologada pela Justiça Eleitoral, o registro de um único voto garante a vitória a essas pessoas.

Na avaliação do cientista político Murilo Aragão, situações como essa não são necessariamente um problema. “Elas resultam de uma fragilidade da oposição, decorrente do êxito do comando do município. Outro problema é fragilidade dos partidos no Brasil, que desestimula candidaturas”, avaliou.

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