Uma das especiarias mais caras do mundo é consumida por humanos há pelo menos 3 mil anos
A Trufa ou túbera é a denominação popular da trufa mais cara do mundo, dada a um tipo de cogumelo subterrâneo, o fungo da família Tuberaceae, que nasce sob à terra, a uma profundidade de 20 a 40 centímetros, próximo à raiz de carvalhos e castanheiras Eles possuem aspecto de mármore negro e bege e algumas das espécies têm sabor e aroma agradáveis, sendo consumidas pelo ser humano há mais de três mil anos.
Os tipos mais conhecidos são a trufa branca (Tuber magnatum), a trufa negra (Tuber melanosporum) e a trufa de verão (Tuber aestivum). O trufeiro, especialista em trufas, é quem retira a trufa do solo sem quebrá-la, ou machucá-la na superfície. Ela só terá valor se as suas características originais forem preservadas. A colheita é feita recorrendo a porcos ou cães adestrados que as podem localizar por meio do olfato.
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As trufas são originárias da Europa, em países como França e Itália é bem comum ser encontradas pelos especialistas. Há ainda a tentativa de recriá-las, em países como Austrália e Estados Unidos que tentam criar um habitat de desenvolvimento desses fungos tão raros e valiosos, mas quase sempre o crescimento dos fungos não prospera.
Alta Gastronomia
Essas trufas são muito apreciadas na alta gastronomia, grandes chefs e su-chefs mais cobiçados da Europa, adoram esse ingrediente. Entre eles, a trufa é conhecida pelo nome de “diamante negro”. O preço desta especiaria condiz muito com o nome, seu valor pode chegar até 15 mil dólares (75.930 mil reais) o quilo.
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O alto preço do ‘diamante negro’ está relacionado á sua raridade, pois essas trufas só são encontradas em alguns lugares do mundo e não podem ser reproduzidas em outros lugares. Sem contar, que de acordo com especialistas deste ramo, as safras dessa iguaria são totalmente imprevisíveis. Em temporadas ruins, por exemplo épocas secas, o preço pode quadruplicar.
Trufas brancas
De acordo com sites de vendas dessas trufas. As trufas brancas são as mais caras. As trufas brancas são encontradas à beira do Mar Adriático e na região francesa do Drôme. As mais célebres vem da cidade italiana de Alba, no Piemonte, onde entre outubro e novembro são realizadas feiras para vender os melhores exemplares.
São muito apreciadas por chefs de cozinha por seu inigualável aroma. A trufa branca exige um cortador específico, com lâminas ultrafinas, pois quanto mais fina for cortada, mais intenso é o sabor. A espessura ideal é a de uma folha de papel. As que exibem uma sutil coloração rosada são consideradas melhores, de aroma mais marcante.
As trufas de Alba podem custar até 15 mil dólares (75.930 mil reais) o quilo. Duas vezes os leilões anuais superaram a barreira dos 100 mil euros, com uma trufa de 750 gramas em 2009 ao valor de 100 mil euros, e outra de 900 a 105 mil euros no ano seguinte.
Esse tipo de trufa combina com massas, risotos e ovo frito. O prato predileto dos apreciadores é o ovo “all’occhio di bue”, pois reúne a simplicidade do ovo e a exuberância da trufa branca fresca. Pode ser comida também como um pão.
Trufa Negra
Já as trufas negras são encontradas ao largo de França, Espanha, e Itália, responsáveis por quase todo o mercado da região. A trufa negra já foi chamada de “Diamante Negro” ou “Pérola Negra”, em razão da sua raridade.
Exalam aroma menos acentuado, superfície mais rugosa e são mais resistentes ao manuseio. O quilo pode chegar a custar em média 700 dólares (3.546 reais) e pode chegar a 2.000 dólares (10.130 reais).
Ao contrário das brancas, essas podem ser lavadas em água, e conseguem ser um pouco mais cultivadas. Após anos de pesquisa, nasceu o carvalho-trufeiro (chene-truffier), que leva aproximadamente oito anos antes de produzir o tubérculo.
Fontes: Hiper Cultura e Passeios na Toscana