A 3° fase da Operação Maranhão entregou mais 2 toneladas de medicamentos, testes para covid-19 e EPIs para comunidades indígenas
Realizada em conjunto pelos Ministérios da Defesa, Saúde, Justiça e Segurança Pública, a Operação Maranhão foi encerrada nesta segunda-feira (5). No total, foram mais de quatro toneladas de suprimentos de saúde enviados durante a ação interministerial para assistir comunidades indígenas durante a pandemia de Covid.
A primeira parte do material, junto com uma equipe de 14 médicos, dois enfermeiros, seis auxiliares de enfermagem e dois veterinários das Forças Armadas, foi enviada para Imperatriz (MA) no final de setembro (29), para os polos de Arame, Amarante e Grajaú.
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Na última sexta-feira (2), outra aeronave C-105 Amazonas da Força Aérea transportou de Brasília para Imperatriz, em voo de aproveitamento, duas toneladas de suprimentos de saúde. Até ontem, os profissionais levaram atendimento especializado a 12.216 pessoas, além de animais de pequeno porte, nas aldeias de Zutiuá, Juçaral, Uruçu Juruá, Bacurizinho e Planalto, da etnia Guajajara.
Em apresentação pouco antes da decolagem, o porta-voz do Ministério da Defesa (MD), Vice-Almirante Carlos Chagas, explicou a importância desses seis meses da Operação Covid-19 para a população brasileira. “…Enquanto todo o Brasil parou durante a crise da Covid-19, os militares continuaram trabalhando, com o emprego contínuo e ininterrupto das suas atividades, em defesa do espaço marítimo, terrestre e aéreo”, enfatizou.
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O Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do MD, General de Exército Manoel Luiz Pafiadache, apresentou dados dos atendimentos à população indígena, desde o início da pandemia. “Já levamos 268 profissionais de saúde das três Forças Armadas para atender indígenas de várias etnias. Nesse período, 99.200 pessoas foram beneficiadas em terras indígenas. Nesta terceira fase da Operação Maranhão, estamos levando também veterinários, para atender os animais presentes nas aldeias”, afirmou.
O Secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos da Silva, informou que, de janeiro a julho deste ano, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) realizou sete milhões de atendimentos em várias comunidades indígenas, com o objetivo de diminuir a disseminação da doença.
As três fases da Operação Maranhão tiveram início em 14 de setembro e finalizaram ontem em 5 de outubro, com o objetivo de atender mais de 30 mil indígenas. A Missão buscou oferecer atendimentos especializados no combate ao novo coronavírus, médicos e enfermeiros das três Forças Armadas foram destacados dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Maranhão nas primeiras fases da Operação, que ocorreram de 14 a 28 de setembro. Esses profissionais prestaram atendimento a populações das Terras Indígenas nos Polos Bases de Barra do Corda, Santa Inês e Zé Doca.
Além dos militares de saúde da Marinha, do Exército e da Força Aérea, profissionais da SESAI também integram a equipe, formada por clínicos gerais, pediatras, ginecologistas, infectologista, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos veterinários.
Operação COVID-19
A Operação Covid-19, coordenada pelo Ministério da Defesa, está mobilizando militares por todo o Brasil. Homens e mulheres das Forças Armadas atuam no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, em apoio à população.
As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, distribuição de kits de alimentos para pessoas de baixa renda, entre outras. Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE).